sábado, 30 de outubro de 2010

JANE EYRE


Que filme lindo! Não é nenhum Titanic, nenhum Avatar, ou a videografia do Justin Bieber, coisas que a aclamação pública insiste em sacralizar. É simplesmente a versão antiga, em preto e branco, para o cinema, de um livro clássico e belíssimo da literatura inglesa.
Agora, estou lendo o livro. Sim, lindo. E claro, bem mais detalhado, mais denso, um bocado mais profundo que a película. Gostei do filme, assisti com a minha mãe, num canal de clássicos da TV a cabo.
A verdade é que o livro da Charlotte Brontë estava no meu computador há séculos (ei, não me julguem!), tinha baixado há algum tempo a fim de conhecer melhor a obra ao vê-la sendo citada em inúmeras outras fontes.
Mas então, à época, depois de protelar mais ou menos uns seis meses, desisti de ler o tal clássico - na verdade nem comecei. Foi mais ou menos o que aconteceu também com um outro livro que baixei, uma peça do Shakespeare. A Megera Domada, que abandonei após ler só até a metade. Bom, mesmo já sabendo o fim da peça - o que normalmente me motiva potencialmente a prosseguir - acabei deixando A Megera de lado, e releguei-a à pasta "Nunca Lerei" no PC. Enfim, o mesmo destino acabou tendo Jane Eyre, por pura tolice minha.
Mas então, a um golpe qualquer da vida, lá estava eu, ligada ao TCM - que, louvado seja Deus, não tem intervalo - e me rendi inteira à doçura dramática, à simplicidade antiga do filme baseado na obra de mesmo nome.
Gostei bastante, ainda estou em estado de graça. Gostei de ouvir um homem rude - ou, quem sabe, apenas escravo de uma terna e cativante brusquidão -, se declarar com algo do tipo: "Mas como assim, não está chorando?! Posso ver as lágrimas agora mesmo, boiando aí nos seus olhos, quase a ponto de cair"... E vê-lo render-se irrevogavelmente a um par de "mãos geladas".


* Caramba, não consigo pronunciar esse sobrenome! "Jane Rrrrrrr"...

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