sexta-feira, 14 de novembro de 2014

TUDO SUSPENSO

Na aula de Educação e Cinema, sem conseguir me concentrar. Vontade de chorar estranha, porém a conheço bem. Quero estar na minha cabeça e ao mesmo tempo fugir dela. Essa agonia de paixonite frustrada oprime. Preciso escrever para dar sentido a tudo isso... Ou na verdade esvaziar o sentido de tudo. Se não significar mais nada, estarei bem.
Não tenho fome. Não tenho vontade de lutar pelos trabalhos atrasados da faculdade. O semestre está quase no fim, mas há ainda um tanto a fazer. Não quero... Não me sinto no clima. Não desejo sair, não quero partir. O que quero não posso. Quero ficar e ter e ver e sentir e provar. Que estou certa em pensar que estou errada, mas estando errada me realizaria tanto...
Não posso pensar assim!
Confusa, é o que estou. Não, na verdade, muito convicta (de que o que eu quero não pode ser). Mas continuo querendo... Minha mente segue sem descanso em desvarios persistentes.
Que mais? Passam agora ali no quadro um vídeo em espanhol. Ninguém entende nada. Algo sobre edição de áudio. Suspiro.
Totalmente compreensível, assim, que eu me volte para mim mesma, desatenta ao mundo, perdida em palavras, perdida nos meus arremedos arruinados de sentimentações...
Minha mente fervilha. Socorro! Quero fugir de mim em mim. Poderei? É irrefreável vontade. Quero me entocar aqui dentro, mas, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo em que a prisão mental me conforta, com suas ilusões tão doces e seus eflúvios langorosos, lúbricos, sei que me fará muito mal permanecer nela. Beiro o caos. Gosto dele. Contudo há de me tragar. Tremo.

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