domingo, 19 de dezembro de 2010

DE NOITINHA

O vento quente na noite fria
O vento frio na noite quente
Árvores que sussurram na noite vazia
Um gole em seco na rua escura

A fria noite de noite crua
Um sussurro pesado de meias palavras
Coruja branca na noite sem lua
Um peito pesado de frases não ditas

Um mar de estrelas desiludidas
Silêncio, silêncio, silêncio
É noite, é noite, tão noite que dói

E explode no céu então o sol de alegria
Um riso abafado
Um pulo sem fardo

E um poema assim, tão inacabado!...

Nenhum comentário:

Postar um comentário