segunda-feira, 31 de maio de 2010

ESTREIAS PERFEITAS NÃO EXISTEM

Antes deste aqui, eu tinha feito um outro post para estrear o blog. Mas acabei não gostando, as palavras ficaram frouxas demais, e eu excluí. Então comecei de novo, e aqui estou, batalhando pra escrever algo que seja adequado à primeira postagem, e que ao mesmo tempo não seja intimidador demais. Acho que, assim como tinha feito na postagem anterior - atualmente excluída -, seria bom que agora eu esclarecesse alguns dos motivos que me levaram a criar um blog. Na verdade, não houve nenhum. Eu simplesmente comecei porque quero e, acreditem-me (se é que há alguém lendo por aí agora), antes de mergulhar de cabeça no pseudo-suicídio que pode vir a ser um blog, eu pensei em todos os bons - que na verdade resultam em péssimos – motivos para não criá-lo. Primeiro: todo mundo diz que os blogs são obsoletos, o que me deixa muito triste. Em que outro lugar alguém pode escrever o quanto quiser, sem perturbar ninguém, sem agredir o patrimônio público, sem limites (eu acho) de caracteres? Em que outra parte do mundo cibernético um ser humano insone poderá esfolar suas intermináveis horas de insônia pela madrugada? Aí você diz: Pra gastar tempo tem o MSN. Mas os amigos também dormem, meu caro, ao contrário dos insones... E há quem diga ainda que o Twitter é a resposta para todos os males. Que tudo o mais é modinha, e passageira, mas o Twitter é o messias internético definitivo. Digam. Tudo bem, sem problemas. No entanto, pessoal, eu me recuso a acreditar nisso. Nada contra quem goste. Mas é que simplesmente não há espaço pra felicidade se um ser humano não puder escrever mais de 9.000 caracteres. É o caos. A falta de espaço pra se expressar é a raiz de muitos problemas hoje em dia, acreditem-me. Claro que normalmente não sei do que estou falando, mas sinto dessa vez que há um fundo de verdade no que acabei de afirmar... E voltando à questão anterior, eu certamente não sou o tipo de pessoa que se contenta, ou sequer tem a capacidade, de perpassar uma ideia com apenas duas ou três frases. Sou prolixa (ha ha ha) e, na maior parte do tempo, rebuscada demais. O que requer ousadia, tempo, disposição, ócio e muuuuuuuuuito espaço para escrever, despejar todo o lixo tóxico que às vezes impregna a minha cabecinha meiga. Minha professora de redação que o diga. Então, diante de tudo isso, fica claro que a única solução para mim e para os meus momentos altamente líricos, em que minha versatilidade e criatividade afloram, é... Criar um BLOG! Se o Orkut caiu de nível, ficou insosso (ou, segundo outros, virou recurso de fake-emo-suburbano-sem-amigos-reais), o fotolog praticamente extinguiu-se, o Twitter é conciso demais, modinha demais, inglês demais pra mim... Só me resta o démodé e incompreendido blog. Por amor às causas esquecidas, fracassadas, destituídas de brilho, e ignoradas, eu me recuso a sair daqui. Então, pois bem, é isso. Só me resta escrever. Ou não escrever, até porque, blogs representam a liberdade de você fazer o que quiser. E aos que acharem o título muito sugestivo ou pretensioso, peço que me perdoem. Minha única pretensão aqui é não pretender nada.

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