quinta-feira, 14 de junho de 2012

MAIORIDADE

Eis que chegou o meu aniversário, e praticamente já se foi por completo. Dia 14 de junho, 18 anos.
A maioridade pouco significa para mim, na verdade. Muito provavelmente só terei legitimado a maioria de meus direitos quando estiver para lá dos 30. No entanto, dezoito anos de vida serviram-me para ensinar certas coisas consideráveis. Segue a lista de exemplos:

"Nunca tenha apenas um único fone de ouvido. Você certamente viverá perdendo-o com mais frequência do que imagina"

"Nunca minta para a sua mãe. Ela sempre saberá a verdade"

"Nunca deixe seus pertences eletrônicos no chão. Eles podem ser pisados. E o desleixo nunca mais teve o mesmo charme depois que invetaram as telas de cristal líquido"

"Nunca acredite no que dizem durante o ensino médio. A liberdade universitária é uma ilusão"

"Nunca crie um blog. Se criar, não ponha expectativas sobre ele. Será apenas um lugar no qual você desvendará grandes mistérios da natureza humana sem que ninguém jamais leia"

... Brincadeirinha. Bom, até que é verdade, mas o ponto não é esse, com os exemplos expostos aí em cima. O ponto é que, por mais que eu tenha dito ao longo de todo este dia coisas do tipo "sim, é 18, mas me sinto como se fossem 15", e tenha escutado muitas coisas parecidas a "18 já?! Mas nem parece!...", sinto que mudei um tantinho. Não sei explicar... É essa coisa de ter consciência, ainda que não muito clara, de que você acabou de vencer uma etapa, conquistou outra, novos degraus se elevam a partir deste ponto. De certa forma, pressente-se o marco. É um marco. Sei que já não serei a mesma que fui até aqui, mas permaneço sendo eu mesma. Espero que bem melhor.
Agradeço ao SENHOR por tudo. Como o garçom na churrascaria disse: "Mais um ano de vida nos caminhos do SENHOR é sempre só bênção!". AMÉM.


sábado, 9 de junho de 2012

NÃO SE DESAMA DANDO UM MERO TCHAU

Porque deixar de amar não é normal...

A sabedoria musical é incrível. Ensinando um mundo com apenas um verso.
Muitas vezes, independentemente de qual canção se trate, você de repente se depara com uma verdadeira pérola da essência e experiência humana...
Penso, na verdade não só eu, afinal, é um fato conhecido por pessoas sábias e conscientes, que o amor não é essa coisa despretensiosa e à-toa que muita gente sente, julgando ser válido, como se se pudesse amar movido por forças estranhas e oscilantes, morríveis a qualquer momento. O amor não é isso, é claro que não. Não assim - descartável. Coisa aleatória e descartável. O amor não. E, de fato, deixar de amar não é normal. Porque se você escolhe amar alguém, a tendência é que seja uma atitude definitiva, não? É um paradoxo pensar num amor que acaba, que se extingue. Estamos falando de amor como tem que ser. Dificilmente alcançado, mas possível. Porque pessoas capazes de entendê-lo existem sim.
Enfim, a infinitude do amor já está contida nele mesmo. É idiotizante supor que o "produto" vem com prazo de validade. Mais triste ainda é comprá-lo vencido. A mercadoria então era falsa.
O ponto é: admirável essa sapiência musical que paira ao redor de nós e na qual poucas vezes reparamos. Como uma espécie de cérebro que maquina a lógica das palavras por trás das rimas, e que existe independente de quem as executa ou como as executa. Parece uma instituição autônoma, que planta suas profundas considerações nas músicas que bem lhe aprouver, falando a nossas almas e mentes de maneira tão deliciosamente misteriosa e bem traduzida!...